Em 16 de outubro de 2002 foi encontrado um dos mais interessantes achados da Idade do Bronze européia. Restos de um esqueleto sobrevirem junto a um pequeno disco de ouro para contar um pouco do início da História da Joalheria. Datado em torno de 2.500-2.100 aC., o disco de ouro conhecido como “disco Banc Tynddol” foi feito de uma fina folha de ouro trabalhada com perfurações e decorado em repoussé. Foi encontrado acima de uma tumba contendo ossos de um esqueleto humano e a 15 cm abaixo dos restos de uma lareira medieval. A tumba de formato oval com cerca de 1,75 m de comprimento foi, segundo pesquisas dos arqueólogos capitaneados por Simon Timberlake, roubada em diferentes ocasiões, a primeira datando da época Romana e, devido às condições em que foram encontrados os restos do esqueleto humano, a tumba também sofreu ataques de animais. Pela análise do solo e dos fragmentos dos ossos encontrados, a mais forte possibilidade é a de uma tumba pré-histórica, consistente em período com a Idade do Bronze. O disco de ouro, com 38,9 mm de diâmetro e 0,1 mm de espessura pesa 2,51 gramas. Sua face superior parece ter sido trabalhada com uma ferramenta semelhante ao martelo e depois polida. O design em repoussé feito com pontos e linhas circulares muito provavelmente foi feito pressionando a face inferior do disco com um pedaço de osso, enquanto a peça estava apoiada sobre um pedaço de couro. As perfurações centrais do disco sugerem que o mesmo era usado para segurar e decorar uma vestimenta, porém a falta de quaisquer sinais visíveis de uso implica em que a peça de joalheria foi feita especificamente para o funeral. Análises metalúrgicas indicaram que o disco foi feito com uma liga contendo 93,50 % de ouro e 6,5 % de prata, sendo o ouro provavelmente de origem aluvial. | |
18 de dez. de 2010
O Disco de Ouro da Idade do Bronze
Museu Nacional de Gales, Reino Unido
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