18 de dez. de 2010

O Disco de Ouro da Idade do Bronze


Museu Nacional de Gales, Reino Unido
     Em 16 de outubro de 2002 foi encontrado um dos mais interessantes achados da Idade do Bronze européia. Restos de um esqueleto sobrevirem junto a um pequeno disco de ouro para contar um pouco do início da História da Joalheria.
     Datado em torno de 2.500-2.100 aC., o disco de ouro conhecido como “disco Banc Tynddol” foi feito de uma fina folha de ouro trabalhada com perfurações e decorado em repoussé. Foi encontrado acima de uma tumba contendo ossos de um esqueleto humano e a 15 cm abaixo dos restos de uma lareira medieval. A tumba de formato oval com cerca de 1,75 m de comprimento foi, segundo pesquisas dos arqueólogos capitaneados por Simon Timberlake, roubada em diferentes ocasiões, a primeira datando da época Romana e, devido às condições em que foram encontrados os restos do esqueleto humano, a tumba também sofreu ataques de animais. Pela análise do solo e dos fragmentos dos ossos encontrados, a mais forte possibilidade é a de uma tumba pré-histórica, consistente em período com a Idade do Bronze.
     O disco de ouro, com 38,9 mm de diâmetro e 0,1 mm de espessura pesa 2,51 gramas. Sua face superior parece ter sido trabalhada com uma ferramenta semelhante ao martelo e depois polida. O design em repoussé feito com pontos e linhas circulares muito provavelmente foi feito pressionando a face inferior do disco com um pedaço de osso, enquanto a peça estava apoiada sobre um pedaço de couro. As perfurações centrais do disco sugerem que o mesmo era usado para segurar e decorar uma vestimenta, porém a falta de quaisquer sinais visíveis de uso implica em que a peça de joalheria foi feita especificamente para o funeral.  Análises metalúrgicas indicaram que o disco foi feito com uma liga contendo 93,50 % de ouro e 6,5 % de prata, sendo o ouro provavelmente de origem aluvial.