Os vestidos fluidos, de cintura baixa e sem mangas próprios da moda do período pós-guerra eram perfeitos para as jóias Art Déco, geométricas, lineares e com um contraste de cores nunca visto antes. Devido ao consumo desenfreado, fruto da emancipação feminina e também do alívio trazido pela paz conseguida no Tratado de Versalhes, as vendas de jóias alcançaram patamares recordes.
A gema mais popular do período foi o diamante. Rubis, safiras, ônix, Esmeraldas, corais, marfins, jades, madrepérolas e cristais-de-quartzo foram também muito utilizados na decoração das jóias Art Déco e, frequentemente, serviam de moldura ao diamante. Para esta gema predileta, as lapidações geométricas eram as favoritas: baguete, triangular e esmeralda. O grande aumento da produção de pérolas cultivadas fez com que a pérola passasse a ser uma gema mais acessível à classe média e faziam parte dos trajes de noite, em colares usados ao pescoço ou torcidos à volta da cintura. O metal mais utilizado foi a platina, além do ouro branco e da prata. Os vestidos de noite, com alças finas e costas nuas ficavam perfeitos com longos colares de pérolas e sautoirs. Os broches eram desenhados para serem usados aos pares, nos vestidos e usou-se muito também o broche em cintos, lapelas de casacos, bolsas, sapatos e chapéus.
Os motivos na joalheria Art Déco eram caracterizados por designs geométricos, diversas combinações de cores criando contrastes e padrões abstratos. Em 1922, a descoberta da tumba do faraó Tutancâmon serviu de inspiração para o período, assim como o Cubismo, as artes persa, africanas e orientais, além do Jugendstil.
A queda da Bolsa de Nova York em 1929, seguida da Grande Depressão, pôs fim aos “loucos anos 1920” e ao delicado e geométrico design Art Déco.