O orador grego Demóstenes (384 aC-322 aC) cometeu suicídio no templo de Poseidon situado na ilha grega de Calauria, ao usar o veneno escondido dentro de uma anel, para escapar da fúria de seus inimigos, morrendo rapidamente.
A história de Roma conta que quando Marco Licínio Crasso (115 aC-53aC), patrício, político e general romano, saqueou o tesouro do templo de Júpiter Capitolino, o guardião do templo quebrou entre os dentes a gema do anel que escondia um veneno e imediatamente morreu, poupando a si mesmo de sofrer torturas e uma morte indigna. Marco Crasso, apesar de ter vencido a revolta dos escravos liderados pelo Espártaco e ter participado do 1º Triunvirato juntamente com Pompeu e César, terminou seus dia na Batalha de Carras, travada contra o império parta. Apesar das sete legiões e tropas auxiliares que comandava, resolveu abandonar as tradicionais táticas militares romanas e atacou os partos seguindo caminho por um vale estreito, cuja saída estava totalmente bloqueada pelo exército inimigo. O enorme equívoco deu origem à expressão “erro crasso”, que significa uma falha grosseira de planejamento com conseqüências trágicas.
Em relação a outro general, o cartaginês Aníbal (247 aC- 183 aC), vencedor da decisiva Batalha de Cannae (216 aC) contra os romanos, diz-se que recorreu ao veneno contido em um anel que usava por toda a vida, quando viu que não havia mais saída frente aos inimigos romanos que o caçavam, mesmo estando escondido na remota Bitínia. Sobre o anel de Aníbal, escreveu o poeta romano Juvenal, autor do livro “As Sátiras”: ‘Cannarum vindex et tanti sanguinis ultor Anulus’ ( Este anel, vingador de todos os que caíram em Cannae e de todo o sangue que foi derramado).
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