2 de fev. de 2010

O anel na Antiguidade: Curiosidades - Parte I



Foto Museu Britânico

     O anel é uma das peças de joalheria mais antigas que existem e sua origem é um tanto obscura, apesar de que se pode inferir que ele é uma evolução do selo cilíndrico usado preso ao pescoço ou ao braço, que por questões de funcionalidade da peça teve seu tamanho reduzido para que pudesse ser utilizado no dedo.
      Outra origem possível do anel é o nó: seu design é um dos mais antigos que existem e sua representação foi usada em todas as culturas primitivas como amuleto contra espíritos maus, possuindo propriedades mágicas. As mágicas virtudes do anel ao longo da história da civilização humana podem estar no fato do anel poder ser visto como um nó simplificado que é usado no dedo.  
     Usado durante toda a Antiguidade, não só como objeto de adorno mais também como selo, símbolo de poder, classe social ou autoridade, ou ainda amuleto, o anel podia às vezes servir a todos os propósitos ao mesmo tempo. Eram feitos em vários tipos de materiais, como ouro, prata, ferro, marfim e âmbar, sendo o ouro o material mais cobiçado não só pela sua raridade e beleza, mas também pela sua associação com o sol, astro venerado em várias culturas como um deus.
     Foi a cultura egípcia que difundiu o uso do anel como o conhecemos ainda hoje e influenciou outras culturas como a assíria, a cita, a babilônica, a grega, a etrusca, a hitita, a romana assim como muitas outras, na representação figurativa de animais e insetos como motivo decorativo em anéis. O escaravelho talvez seja, assim como a serpente, o mais forte ícone da representação zoomórfica do mundo antigo.
     Na sua obra “História Natural”, escrita por volta de 75 dC, o autor clássico romano Caio Plínio Segundo relata a fábula grega sobre a origem do anel: pela audácia em roubar fogo dos céus, o mortal Prometeu foi condenado por Júpiter a ser acorrentado por 30.000 anos a uma rocha na cordilheira do Cáucaso enquanto um abutre bicava sem cessar o seu fígado. Mas Júpiter revogou o castigo antes do prazo dado e liberou Prometeu, dando ao Titã uma punição mais leve: usar um dos elos da corrente que o mantivera prisioneiro à rocha como anel. Este continha um fragmento da rocha carcereira, assim Prometeu ainda estaria ligado ao cruel castigo dado anteriormente.   
    

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei ler o seu novo artigo Julieta, como sempre alias, porque foi voce que escreveu.Procuro sempre acompanhar o que voce escreve por razoes que voce ja sabe.

Anônimo disse...

For pleasures are like poppies spread
You seize the flower, its bloom is shed,
Or like a snowflake in the river
a moment white then melts forever
Or like the Aurora Borealis rays,
That move before you can point to where they're placed;
Or like the rainbow’s lovely form
vanishing amid the storm