30 de nov. de 2012

O Tesouro Imperial dos Romanov

czar Pedro, o Grande

As joias imperiais russas têm mais de mil anos de história. Muitas das primeiras peças da joalheria russa são similares em estilo às joias usadas nas cortes do império bizantino. Durante vários séculos, o estilo pouco se modificou. Foi somente com o czar Pedro I, conhecido como "O Grande", que a Rússia iniciou com o Ocidente trocas de cultura e experiência nos mais variados campos. E por causa disto o estilo da joalheria russa modificou-se para sempre. A grande influência dos estilos de joalheiros estrangeiros, combinada à criatividade dos joalheiros russos, terminou por estabelecer uma grande e importante indústria joalheira na Rússia. Entre os mais famosos joalheiros desta nova indústria de jóias russa está a Maison Fabergé.
broche Rosa
The State Diamond Fund of the Russian Federation

broche com safira e diamantes
The State Diamond Fund of the Russian Federation
Foi o czar Pedro I que criou a primeira versão do que hoje é conhecido como o "Fundo Estatal do Diamante da Federação Russa". O objetivo da criação deste fundo permanente foi abrigar coleções de joias que passariam a pertencer não à família Romanov, mas ao Estado russo. Pedro I declarou, quando da instalação deste fundo, que as peças deste fundo eram invioláveis, não poderiam ser alteradas, vendidas ou dadas. O czar também decretou que o czar ou czarina subsequente deveria deixar para o fundo uma certa quantidade de peças adquiridas ou confeccionadas durante seu reinado, para maior glória do império russo.

Em 1914, com a ameaça de uma possível invasão alemã devida à 1ª Guerra Mundial, toda a coleção de joias da família imperial russa foi cuidadosamente empacotada e enviada de São Peterburgo para Moscou, onde foi enterrada em criptas existentes debaixo do palácio do Kremlin.


Mas os conflitos políticos na Rússia, incluindo a Revolução de 1917 e a conseqüente guerra civil fizeram o destino das jóias imperiais um mistério até 1926, quando foram encontradas no Kremlin, catalogadas e fotografadas. Uma enorme seleção de peças, que compreendia aproximadamente 70% do total das coleções originais, foi vendida a um consórcio americano e, posteriormente, estas jóias foram a leilão na casa londrina Christie’s em 1927. As joias vendidas foram dispersas por todas as partes do mundo e muitas têm até hoje paradeiro desconhecido. 
comenda da Ordem de Santo Alexander Nevsky
The State Diamond Fund of the Russian Federation


As joias remanescentes, de alto valor histórico e artístico, incluem a coroa e peças-símbolo da coroação dos Romanov, além de uma espetacular coleção de peças dos séculos XVIII e XIX. Essas joias foram expostas, pela primeira vez, apenas a altos dignatários estrangeiros e aos mais altos comandantes e governantes russos em 1967, nas comemorações dos 50 anos da Revolução Comunista. Desde a queda do comunismo russo, as joias  espetaculares estão expostas nas criptas do museu do Kremlin, agora acessíveis a todos os que visitem o palácio.

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