O design romano utilizava as técnicas da granulação e da filigrana, mas o uso de esmaltes não era tão comum. Raramente existia somente um elemento de estilo na decoração de uma jóia: por exemplo, as superfícies em forma de domos (características das jóias etruscas) encontradas em brincos e braceletes conviviam perfeitamente com influências helênicas como a técnica da policromia (consistia em folhear uma superfície de madeira com folhas de ouro, às quais eram depois aplicados esmaltes).
Por volta de 200 DC aparece o opus interrasile, técnica de perfurar sólidas folhas de metal para criar um trabalho decorativo e que mudou a face das jóias do Período Imperial. O intaglio (técnica que consistia em entalhar a gema de maneira a formar um desenho em baixo-relevo) era muito utilizado na decoração de gemas e estas em geral eram lapidadas em cabochon (lapidação que deixa a superfície da gema lisa e em forma de domo). O niello (técnica decorativa em que uma composição de sulfetos metálicos negros cria um contraste entre o ouro e a prata) também era muito usado para decorar jóias.
Uma influência do comércio existente durante o período da Roma Imperial foi a predileção por jóias onde várias gemas coloridas decoravam uma mesma peça – os romanos amavam o rubi, a ágata, a granada, o lápis-lazúli, os corais rosa e vermelho encontrados no mar Mediterrâneo e o âmbar, encontrado nas águas frias dos mares do Norte e Báltico. O camafeu era adorado e as pérolas podiam ser usadas em tiaras usadas para adornar os altos penteados das ricas matronas romanas.
A joalheria romana sofreu uma vasta influência, não só dos etruscos, dos gregos e dos povos pertencentes à cultura helênica, mas também das culturas micênica, minóica e egípcia.
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