Foram os egípcios que nos legaram os mais antigos exemplares de tiaras já encontrados. Enquanto as coroas usadas pelos faraós e sacerdotes eram ostentosas e magníficas, as tiaras usadas pelas princesas no antigo Egito eram delicadas, confeccionadas a partir de fios de ouro ou prata e a inspiração para o design vinha das formas natureza.
As tiaras, ao tempo dos antigos gregos e romanos, eram de início simples fitas de tecido atadas em volta da testa ou na cabeça e eram usadas por homens e mulheres das camadas mais nobres da sociedade. Com o tempo, as fitas de tecido passaram a ser adornadas com pérolas e gemas como rubis, diamantes e esmeraldas.
Inspiradas na antiga Roma, as mulheres da corte napoleônica usaram tiaras como adornos para cabelos. Eram simples, simétricas e feitas em ouro e decoradas com imitações de folhas de louro ou da oliveira. A restauração da dinastia Bourbon, depois da queda de Napoleão Bonaparte, deu ensejo a jóias extravagantes na restaurada corte real francesa, e as tiaras passaram a ser bem mais elaboradas no design e ricamente decoradas com gemas.
No século XIX, os joalheiros ingleses se sobressaíram no design e na confecção das mais bonitas tiaras e também foi a partir desse século que a tiara passou a ser associada a casamentos, como adorno principal nos cabelos de uma noiva.
Durante a década de 1840, a rainha Vitória levou a Inglaterra a uma época de prosperidade e riqueza. Também próspera, a França viu o chamado Segundo Império começar com a coroação de Napoleão III em 1852 e o surgimento de uma nova era de glamour na alta sociedade parisiense. Em toda a Europa, a vida nas cortes floresceu e jóias magníficas se tornaram moda, e as tiaras estavam entre as jóias mais destacadas.
A aristocracia russa levou a extravagância européia a um nível mais alto nas últimas décadas do século XIX, mostrando as jóias mais luxuosas vistas nas cortes reais. Joalheiros de São Petersburgo e de Paris confeccionaram maravilhosas tiaras para a czarina, princesas e arquiduquesas.
Durante a primeira década do século XX, as tiaras se tornaram o principal adorno feminino nas altas classes da Europa. Para a coroação dos reis ingleses Eduardo II em 1902 e Jorge V em 1911, foram feitas tiaras especialmente para as ocasiões. E, na Ópera de Paris, aconteciam eventos conhecidos como “Noites da tiara”, onde as senhoras da alta-sociedade disputavam a atenção dos demais convidados com suas tiaras de designs cada vez mais elaborados.
Durante a Primeira Guerra Mundial, as tiaras voltaram a ser simples e começaram a dar lugar às aigrettes, mas mesmo com as grandes mudanças sociais e econômicas advindas com o conflito, as tiaras sobreviveram no gosto feminino. Para harmonizarem com os novos cortes de cabelo das décadas de 20 e 30 do século passado, foram criados novos designs de tiaras. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, entretanto, o revival das tiaras teve um fim e, desde então, nunca mais adquiriu seu antigo status proeminente.
Mas as tiaras jamais saíram de moda nos casamentos. As tiaras de casamento passaram a ser desenhadas e confeccionadas de maneira a permitir que a noiva transmita um ar de realeza e encantamento na cerimônia de casamento, saindo do círculo exclusivo em que estiveram por tanto tempo e assim passando a ser acessíveis a todas as mulheres.
Confeccionadas em ouro, prata e platina, além de materiais mais simples, e nos mais variados estilos e designs, podem ser decoradas ainda com pérolas, diamantes, cristais ou outras gemas para aumentar seu brilho e glamour. Em geral, o design das peças possui flores e/ou folhagens, tradição milenar, mas pode conter também somente elementos geométricos ou composições de linhas sinuosas ou ainda estrelas, a lua e o sol estilizados.
Para a grande maioria das mulheres modernas, a ocasião do casamento é a única oportunidade em suas vidas onde podem usar uma tiara sem medo de estarem inadequadas em termos de moda ou ocasião social. A escolha da tiara perfeita tem o objetivo principal de tornar a noiva o centro de todas as atenções e nem mesmo a mais simples das cerimônias de casamento em geral prescinde dela, pois a tiara é a principal jóia que, carregada de glamour e simbolismo, a noiva usará na sua data especial e tem sido assim desde muitos séculos.
Um comentário:
Amiga, seu espaço está lindo!!!
Amei...
Toda a sorte do mundo, hoje e sempre.
Beijos
Alba Valéria
Ps.:Quero uma tiara dessas pra mim ;)
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