| Fotos Erich Lessing Museu do Louvre Giovanni   Pietro Campana (1808-1880), nascido em uma família nobre de Áquila, Itália, começou cedo a   colecionar objetos antigos, adicionando-os aos que havia herdado de seu pai e   de seu avô. Bronzes, pinturas, antigas estátuas, moedas e medalhões faziam   parte da sua coleção desde o início. Em 1831, Campana passou a fazer parte da   instituição ligada ao  Vaticano chamada   Monte di Pietá, e dois anos depois tornou-se seu diretor.       Administrador,   colecionador, negociante de antiguidades e arqueólogo, empreendeu inúmeras   escavações em Roma e em regiões próximas a esta. Com as peças encontradas nos   sítios arqueológicos (em terras próprias ou em terras de pessoas a ele   relacionadas), montou uma vasta coleção particular, apreciada em toda a   Europa. A coleção estava distribuída por vários locais em Roma, na sua villa   em Laterano, na Monte di Pietá, em armazéns e guardada por colegas negociantes   de antiguidades. Foi Giovanni Pietro Campana quem incentivou, em meados do   século XIX, o interesse pelas jóias antigas, até então um pouco negligenciadas   pela predileção pelas esculturas, bronzes, cerâmicas e pinturas encontradas   em escavações arqueológicas.      Em   1851, Campana casou-se com a inglesa Emily Rowles, cuja família tinha   conexões com o príncipe Luís Napoleão, logo Napoleão III da França. Na sua   principal residência em Roma, o palácio Campana  perto da Piazza del Poppolo abrigava o   melhor da sua vasta coleção, ao ponto desta ser mencionada por especialistas   da época como superior à coleção do Museu Gregoriano do Vaticano.  Num dramático e estranho reverso da Roda da   Fortuna, Giovanni Pietro foi preso em 1857, acusado de apropriação indébita   de bens públicos, processado pelo Vaticano e condenado a 20 anos de prisão,   comutados depois em exílio pelo papa, graças às interferências de vários   amigos influentes.       Sua coleção   foi seqüestrada pelo Vaticano e várias partes dela foram parar em museus como   o Hermitage de São Petersburgo, o Victoria and Albert de Londres e o   Metropolitan de Nova York. Após a reunificação da Itália, Campana retornou a   Roma. Morreu em 1880, após tentar sem sucesso que o Vaticano o reembolsasse   pela venda das peças da sua coleção.       A parte   da Coleção Campana que diz respeito às jóias antigas foi comprada quase completa   pelo governo francês em 1861, e consiste na sua quase totalidade por peças   etruscas, gregas e romanas. A Coleção Campana encontra-se no museu do Louvre,   em Paris, e forma a maior parte das peças em ouro do Departamento de   Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas do museu parisiense.         | 
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5 de mai. de 2008
A Coleção Campana
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2 comentários:
belissimas peças :)
Puxa, quanta coisa maravilhosa devia fazer parte desta coleção...
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